segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Audiência pública esclarece serviços de urgência e emergência em Ubatuba

A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Ubatuba promoveu na última quarta-feira, 30, uma audiência pública na Câmara Municipal onde apresentou e debateu com a população a questão dos serviços de urgência e emergência do município. Foram feitas explanações sobre os pronto-atendimentos, pronto-socorro e o serviço de urgência móvel, o SAMU.

Na abertura dos pronunciamentos, o administrador da Santa Casa, Daniel Bicalho, apresentou um breve histórico da instituição e apresentou dados importantes sobre os custos de funcionamento do Pronto Socorro e os valores que são repassados pelos governos federal, estadual e municipal: “Usando o mês de outubro de 2011 como base, realizamos 17.706 atendimentos, destes, 10.133 eram procedimentos de emergência. O Ministério da Saúde nos repassa R$ 8,75 reais por procedimento, sendo que para cobrir os gastos, o repasse deveria ser R$ 26,39 por atendimento, ou seja, trabalhamos em outubro com mais de R$ 300 mil sendo custeados pelo município, enquanto o governo estadual não entrou com verba alguma”, explicou Bicalho.

Daniel Bicalho salientou também que a Santa Casa luta para receber um apoio maior do Governo do Estado. “Estamos nos mobilizando junto ao governo estadual para obtenção de recursos. A prefeitura arca com sua parte, que é a manutenção do Pronto Socorro, mas a parte ‘hospital’, é uma questão estadual e não vamos descansar enquanto não obtivermos o que é direito nosso”, completou.

Maior participação federal e estadual
Em sua explanação, o secretário de saúde, salientou a necessidade de uma participação maior dos Governos Federal e Estadual na questão do custeio do atendimento de urgência e emergência no município. “Estamos em uma linha de crescimento no número de atendimentos, mas precisamos buscar qualidade e para isso é necessária a participação de todos os envolvidos. Em nossos pronto atendimentos da Maranduba e do Ipiranguinha, custeamos mais de R$1,6 milhão/ano, sem a participação federal e estadual”.

SAMU

Em relação ao serviço de urgência móvel, o SAMU, o secretário de saúde afirmou que o serviço prestado pelo SAMU é de grande valia para a cidade. “As unidades foram acionadas 7164 vezes e salvamos muitas vidas, porém, por uma questão cultural, nem todas são de urgência e emergência, o que aumenta o custo do serviço”, esclareceu o secretário.

Segundo o secretário, o governo federal não financia o serviço integralmente e quando faz o repasse ainda o faz com atraso: “O Ministério nos repassou 455 mil reais em agosto, porém esse valor refere-se ao repasse de 7 parcelas de R$ 65 mil, que foram pagas de uma só vez, referente ao serviços de janeiro a julho. Ou seja, nós bancamos integralmente o serviço durante o primeiro semestre e só fomos reembolsados em agosto. Fica muito difícil trabalhar dessa forma”, afirmou o secretário.

O secretário aproveitou para esclarecer a questão: “Não vamos devolver a Unidade de Suporte Avançado, mas sim, ampliar nossa rede de atendimento. Já protocolamos junto ao Ministério da Saúde o pedido de mais uma Unidade de Suporte Básico e duas motoambulâncias, que vão dar maior agilidade e rapidez ao serviço de urgência e emergência, reduzindo consideravelmente o tempo resposta aos chamados, principalmente na temporada de verão.

Além disso, estamos acertando um acordo de cooperação com a Polícia Rodoviária Federal para utilização de seu veículo de resgate e remoção. Nosso principal objetivo é ampliar o atendimento e melhorar ainda mais a qualidade”, disse o secretário. Ao final foi aberto espaço para alguns questionamentos do público, que lotou as dependências da Câmara.

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