Em reunião realizada entre membros da comunidade do Sertão do Ubatumirim, o gestor do Parque Estadual da Serra do mar – Núcleo Picinguaba, André Martius e secretários municipais, o prefeito de Ubatuba, Eduardo Cesar, assinou um ofício a ser encaminhado ao diretor executivo da Fundação Florestal, solicitando o empenho necessário para a continuidade das atividades de uma marcenaria comunitária, lacrada no ano passado pela Polícia Federal e ICM-Bio.
De acordo com o prefeito, este documento tem por objetivo ajudar a comunidade a conseguir o desembargo da marcenaria, que até ser lacrada, era uma das principais atividades dos moradores do local. “Quando unimos pessoas de bem com um único objetivo, sempre conseguimos avançar. Trata-se de uma comunidade tradicional que está ali há muitas gerações. São produtores rurais, que dependem dessas atividades para sobrevivência. Acredito que com bom senso estas pessoas poderiam ser tratadas de maneira diferenciada”, disse Eduardo Cesar.
O Sertão do Ubatumirim está localizado dentro da área do Parque Estadual da Serra do Mar e do Parque Nacional da Serra da Bocaina e por isso sofre uma série de restrições. Os moradores do bairro há anos querem chamar a atenção das autoridades para que sejam vistos de forma diferenciada por se tratarem de caiçaras tradicionais, que estão no local há décadas e que usam a terra para subsistência.
Procurando o melhor caminho
Há cerca de um ano, a comunidade do Sertão do Ubatumirim foi surpreendida por homens da Polícia Federal e do Instituto ICMBio, que lacraram a marcenaria do bairro por alegarem que a mesma não possui licença para funcionamento. Já a comunidade afirma que a marcenaria é para usufruto próprio.
O gestor do Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Picinguaba, André Martius, alega que a intenção é conciliar a preservação ambiental com a preservação das raízes das comunidades tradicionais. “Nossa luta é muito difícil, mas não é impossível, principalmente porque temos lideranças da comunidade comprometidas e lideranças políticas se mobilizando para encontrar a solução deste problema. Acredito que podemos conversar e achar o melhor caminho e para isso o apoio da prefeitura é extremamente importante. Estamos lidando com seres humanos, que têm uma história e que precisam ser vistos com carinho”, explicou André.
A agricultora Ana Rosa Silva afirmou que a marcenaria era um dos principais meios de sustento da comunidade: “está sendo difícil, pois vivemos da roça e da marcenaria, por isso viemos aqui pedir a ajuda do prefeito”.
Além do prefeito, estavam representando a prefeitura na reunião a secretária de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Valéria Gelli e o secretário de Obras e Serviços Públicos, José Roberto Junior.
(Fonte: Assessoria de Comunicação – PMU)
Nenhum comentário:
Postar um comentário