segunda-feira, 20 de junho de 2011

Satélite construído por alunos de escola municipal de Ubatuba foi destaque em congresso no Japão


O professor de matemática da escola municipal Tancredo Neves, Candido Osvaldo de Moura, esteve na última semana em Okinawa, no Japão, participando como palestrante do ISTS (International Symposium on Space Technology and Science). Candido participou do congresso apresentando o artigo científico “Space Education and Public Outreach for Aerospace Engineering in a Brazilian Perspective” (Espaço de Educação e Sensibilização do público para a Engenharia Aeroespacial, em uma perspectiva brasileira), que conta a história da experiência em construir um satélite com crianças.



O congresso contou com a participação de representantes de agências espaciais dos EUA (NASA), Europa (ESA), Coréia, entre outras. Após sua explanação foram feitos mais de 20 questionamentos pelos presentes, ultrapassando até mesmo o tempo estabelecido. “O que despertou muito a atenção dos presentes durante minha explanação foi o fato de crianças na faixa etária de 10 a 11 anos construírem um satélite”, explicou o professor Candido, o único brasileiro a participar do ISTS. Ainda segundo o professor, os trabalhos expostos no congresso eram de alunos universitários, com a fabricação de satélites semelhantes ao dos alunos de Ubatuba.



A partir dessa experiência, Candido já pensa no próximo Congresso, em 2013, também no Japão, em Nagoya. “Tenho a intenção de levar meus alunos para expor o trabalho deles lá, mas ainda é cedo, e com certeza isso dependerá de patrocínio”, adiantou o professor.



O artigo apresentado no Congresso é de autoria do professor Candido e três doutores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Walter Abrahão dos Santos, Wilson Yamaguti e Mario Marcos Quintino da Silva.



O satélite dos alunos da escola Tancredo



UbatubaSat é o nome do satélite que está sendo construído pelos alunos da escola Tancredo Neves. A equipe que trabalha na construção do satélite envolve cinco professores das disciplinas de matemática e ciências. O projeto é desenvolvido no laboratório de ciências da própria escola, onde os alunos hoje trabalham na construção de placas, soldagem e programação dos quatro circuitos que irão controlar o satélite.



O UbatubaSat pesa 750 gramas, tem 8,9 cm de diâmetro e 12,7 de altura. É composto de quatro placas de circuito impresso, uma delas com antena de recepção e transmissão, outra com controle de energia elétrica, outra com computador de bordo e a outra com transmissor/receptor. Os trabalhos deverão ser concluídos até setembro, quando o satélite será enviado para a Interorbital System, na Califórnia, que fará o lançamento a uma órbita de 300 quilômetros de altitude. O satélite, que será lançado em novembro, deverá permanecer no espaço por no máximo 90 dias.



(Fonte: Assessoria de Comunicação/PMU)

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