terça-feira, 24 de abril de 2012

Exposição “Márcio Pannunzio – Xilografias de Topo” pode ser vista na Fundart até o final deste mês

Até o dia 29 de abril pode ser vista na Fundart (Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba) a exposição “Márcio Pannunzio – Xilografias de Topo”. A mostra, que está no salão de Exposições do Sobradão do Porto, é composta por 30 gravuras e cinco desenhos. As gravuras são xilogravuras feitas a partir do entalhe de pequenos tacos de guatambu, depois entintados e impressos manualmente por decalque em um papel arroz japonês muito frágil. São imagens diminutas, porém carregadas de muita informação visual.

Na próxima quinta-feira, 26 de abril, das 14h às 17h, acontecerá o evento “encontro com o artista”, quando Márcio Pannunzio permanecerá à disposição do público para esclarecer suas dúvidas, falar sobre seu trabalho e fazer visitas monitoradas da exposição.

Um painel com fotografias documentando as diversas etapas de criação das gravuras, com um texto didático sobre a técnica empregada será mostrado para permitir aos visitantes uma melhor compreensão do processo de criação das obras.
O evento conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura - Programa de Ação Cultural - 2011, da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba e da Prefeitura Municipal de Ubatuba.

A técnica

Apesar de tão pequenas, exigiram para sua elaboração muita concentração, trabalho e tempo. Foram gravadas a buril, instrumento de corte empregado na joalheria usando a técnica da xilografia de topo: uma técnica de gravação pouco difundida e praticada no Brasil e que teve como seu expoente mais conhecido Lívio Abramo. Essa técnica, ao utilizar madeira de topo, aquela cortada em sentido perpendicular ao tronco da árvore, permite a criação de entalhes extremamente minuciosos e delicados; sua origem remonta ao século XIX, na Inglaterra.

Pannunzio, que reside em Ilhabela desde 1989, é um dos gravadores brasileiros de presença mais constante em mostras internacionais de gravura. Participou de mais de uma centena ao longo de duas décadas. Ganhou prêmios doze vezes, entre eles, na XYLON 12 – International Triennial Exhibition of Artistic Relief Printing ( Suíça ), na Biennale Internationale d’Estampe Contemporaine de Trois-Rivières, Première Édition ( Canadá ) e no 3º Concurso Internacional de Minigrabado “Ciudad de Ourense” ( Espanha ). No Brasil foi premiado em 37 ocasiões. Foi bolsista da Fundação Vitae em 2002 e figurou entre os vencedores dos editais ProAc de Artes Visuais de 2008, 2010 e 2011.

(Fonte: Fundart / Assessoria de Comunicação-PMU)

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