quarta-feira, 1 de junho de 2011

Construção de satélite em escola de Ubatuba leva professor para congresso internacional no Japão


A experiência dos alunos da escola municipal Tancredo de Almeida Neves, em Ubatuba, em construir um satélite, agora será apresentada como um artigo científico num congresso internacional. O professor de matemática Candido Osvaldo de Moura, coordenador do projeto, participará do ISTS (International Symposium on Space Technology and Science), que acontecerá de 5 a 12 de junho em Okinawa, no Japão. O artigo “Space Education and Public outreach for Aerospace Engineering in a Brazilian Perspective” (Espaço de Educação e Sensibilização do público para a Engenharia Aeroespacial, em uma perspectiva brasileira), de autoria do professor Candido e de três doutores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Walter Abrahão dos Santos, Wilson Yamaguti e Mario Marcos Quintino da Silva, conta a história da experiência em construir um satélite com crianças.

O professor Candido de Moura, que embarca para o Japão nesta quinta-feira, 2, e apresenta seu trabalho na próxima segunda-feira, 6 diz que se trata de uma experiência única. “Estou fazendo um esforço para ir e registrar esse trabalho que foi desenvolvido em Ubatuba e que teve uma grande repercussão junto à comunidade científica internacional”, declarou o professor.

UbatubaSat

Tancredo 1 é o nome do satélite que está sendo construído pelos alunos da escola Tancredo Neves dentro do projeto UbatubaSat. A equipe que trabalha na construção do satélite envolve cinco professores das disciplinas de matemática e ciências. O projeto é desenvolvido no laboratório de ciências da própria escola, onde os alunos hoje trabalham na construção de placas, soldagem e programação dos quatro circuitos que irão controlar o satélite. O Tancredo 1 pesa 750 gramas, tem 8,9 cm de diâmetro e 12,7 de altura. É composto de quatro placas de circuito impresso, uma delas com antena de recepção e transmissão, outra com controle de energia elétrica, outra com computador de bordo e a outra com transmissor/receptor. Os trabalhos deverão ser concluídos até setembro, quando o satélite será enviado para a Interorbital System, na Califórnia, que fará o lançamento a uma órbita de 300 quilômetros de altitude. O satélite, que será lançado em novembro, deverá permanecer no espaço por no máximo 90 dias.

Viagem para os EUA

O professor Candido adiantou que alguns alunos participarão poderão participar do lançamento na Califórnia. “Deveremos levar seis alunos aos Estados Unidos para participarem de uma jornada científica que será organizada pela Interorbital para eles. Ainda não sabemos se será possível conjugar essa jornada com o lançamento”, explicou. “Para nós, a principal função do projeto é pedagógica. Nossa preocupação é familiarizar o aluno com o estado da arte da ciência e da tecnologia moderna. O satélite irá transmitir de órbita uma mensagem e nós faremos um concurso na escola para sua escolha”, finaliza Candido de Moura.

(Fonte: Assessoria de Comunicação/PMU)

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