
Mais de cem alunos da escola municipal Tancredo de Almeida Neves, em Ubatuba, trabalham na construção de um satélite artificial. Sob a coordenação do professor de matemática Cândido Osvaldo de Moura, o projeto teve início no ano passado, quando o professor leu uma reportagem numa revista científica anunciando que a Interorbital, uma empresa americana, vendia kits educativos de satélites, os TubeSats. A partir daí, logo no início do ano letivo de 2010, o professor Cândido anunciou a ideia aos alunos, que logo concordaram em construir o satélite. Com a doação de uma empresa de Ubatuba foi possível efetuar a compra do kit do satélite, que custou U$ 8 mil.
O satélite
A equipe que trabalha na construção do satélite envolve cinco professores das disciplinas de matemática e ciências. O projeto é desenvolvido no laboratório de ciências da própria escola, onde os alunos hoje trabalham na construção de placas, soldagem e programação dos quatro circuitos que irão controlar o satélite. Os trabalhos deverão ser concluídos até setembro, quando o satélite será enviado para a Interorbital System, na Califórnia, Estados Unidos, que fará o lançamento a uma órbita de 300 quilômetros de altitude. O satélite, que será lançado em novembro, deverá permanecer no espaço por no máximo 90 dias.
Para a mensagem que será emitida pelo satélite, a escola está preparando um concurso interno com todos os alunos que selecionará a melhor frase, que ainda será em três idiomas: inglês, espanhol e português. A mensagem emitida poderá ser captada por rádios amadores.
Para o professor Cândido, esse projeto serve para despertar nesses alunos, hoje na faixa etária de 11 a 12 anos, o desejo em aprender ciências e a tão temida matemática. “Queremos despertar nesses jovens o desejo de aprender por meio de coisas práticas e não somente pela teoria. A construção desse satélite é a prática que vai ficar na cabeça deles”, declarou o professor Cândido Osvaldo de Moura.
Destaques
A construção do satélite artificial pelos alunos da escola Tancredo Neves já foi destaque em diversas mídias especializadas como a revista EXAME.com (janeiro de 2011) Pesquisa FAPESP (fevereiro de 2011) e revista Info EXAME (fevereiro de 2011). (Fonte: Assessoria de Comunicação/PMU)
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